Viva
a luta independente dos servidores de SGA!
Em defesa das liberdades sindicais e de manifestação!
11 de dezembro de 2022, Boletim CPE nº 19
Os
servidores do município de São Gonçalo do Amarante acumulam duras perdas em
seus direitos. Com isso, os serviços públicos estão comprometidos, pois o prefeito
Eraldo Paiva (PT) nada faz para resolver os problemas, que vão se acumulando. A
luta é pela construção de escolas, contratação de mais profissionais, por
condições dignas de trabalho, pela atualização do Plano de Cargo e Carreira dos
funcionários de escola, além do direito ao terço da hora-atividade, bem como a
revogação de pontos da maldita reforma previdenciária, entre outras
reivindicações.
Faz
nove meses que os servidores buscam uma audiência com o prefeito, mas ele
negligencia a situação dos trabalhadores e, sequer, quer sentar com as
categorias para buscar uma solução definitiva. Diante da negação do prefeito,
os servidores deliberaram em assembleia partir para o correto método da ação
direta, aprovando uma atividade na prefeitura. Porém, com a ausência do
prefeito no local, o movimento foi atrás dele numa obra na qual ele estaria
presente. Novamente, no entanto, não foi encontrado lá, de modo que os
servidores decidiram protestar em frente à sua casa, em rua pública, para
mostrar à população que a prefeitura nada faz pelos servidores e, consequentemente,
pelos serviços públicos.
Apesar
da letargia em atender os servidores, a prefeitura e demais órgãos burgueses,
como a Câmara de vereadores, imediatamente agiram contra o movimento.
Rapidamente, acionaram todo o aparato midiático que dispõem, para deslegitimar
a luta dos servidores por meio de uma ativa campanha de difamação. Tentam, com
isso, não só jogar a população (que também sofre com os péssimos serviços
públicos) contra os servidores, mas também desviar o essencial da luta: a pauta
de reivindicações. O prefeito e seus lacaios não querem atender às demandas
legítimas dos trabalhadores e, por isso, orquestram essa campanha difamatória
contra o movimento.
Além
disso, o prefeito tenta cercear as liberdades democráticas ao jogar a população
contra o movimento e acionar a polícia, que é um aparato repressor do Estado
burguês, para intimidar e tolher os direitos políticos e independentes do
movimento, que tem autonomia para decidir coletivamente onde irão estabelecer
suas atividades políticas. Com isso, o prefeito Eraldo Paiva (PT) tenta
enfraquecer as liberdades sindicais, bem como o direito à livre manifestação
dos trabalhadores.
No
entanto, na assembleia do dia 30/11, chamou atenção a tentativa da oposição
sindical petista de blindar o prefeito, ao distribuir uma nota condenando o
ato, usando os mesmos argumentos da campanha difamatória do prefeito e seus
agentes. Chega a dizer que não participaram do ato, “que resultou em ação que
envolveu familiares e transformou a reivindicação em uma pauta justa e em um
confronto pessoal”. Essa afirmação tem mais de uma mentira: primeiro que o
‘envolvimento’ de familiares, na verdade, foi a irrupção violenta da mulher do
prefeito, ao arrancar seu carro em tom de ameaça contra o ato e, em seguida, concretizar
a ameaça ao dizer que iria chamar a polícia contra os servidores; a segunda
mentira é dizer que a pauta foi transformada em ‘um confronto pessoal’, quando
na realidade tratou-se de luta coletiva pelos direitos dos servidores, com
pauta de reivindicação bem definida e método de luta independente.
Outro
ponto da nota da oposição petista é dizer que a radicalização do movimento se
dá “quando as vias de diálogo já estão esgotadas”. Porém, a nota omite que faz
nove meses que os servidores solicitam a presença do prefeito para explicar
como vai resolver os problemas apresentados, mas que este ignora o movimento,
agindo como verdadeiro representante do Estado burguês. Conclui afirmando que a
luta deve ser de modo “responsável”, ou seja, trocar o correto método da ação
direta pela via institucional, sendo que esta já estava esgotada há bastante
tempo. Faz parte da política petista a cultivação de ilusões na
institucionalidade burguesa.
A
Corrente Proletária na Educação (CPE) coloca que somente a organização dos
trabalhadores, usando o método da ação direta, pode combater não só a campanha
do prefeito contra os servidores, como também agir para resolver os seus
problemas. É importante que a pauta de reivindicações seja ampliada, para
integrar os demais explorados, como os trabalhadores terceirizados, a juventude
oprimida, os pais dos estudantes, entre outros oprimidos pelo Estado Burguês e
seus agentes. A ampliação das reivindicações e os métodos próprios dos
oprimidos, com independência de classe, conduzirão o movimento no caminho da
unidade na resolução de seus problemas.
Viva a luta organizada
dos servidores de São Gonçalo do Amarante!
Em defesa da liberdade
sindical e da livre manifestação dos trabalhadores!
Que o Prefeito Eraldo
Paiva atenda já as reivindicações dos servidores!