O governo Fátima (PT/MDB) está pressionando, mais do que qualquer outro governo, os gestores a imporem o pagamento de greve aos professores e alunos. Inclusive, a SEEC publicou a Portaria nº 780, por meio da qual tenta impor um calendário de pagamento de greve, atacando outro direito dos professores e dos alunos: as férias de janeiro. Trata-se de uma punição do governo Fátima contra os professores lutadores, que decidiram usar o instrumento da greve na luta pelos seus direitos. Na verdade, o governo usa essa punição para inibir os professores grevistas de participarem de novas lutas e, assim, enfraquecer a categoria.
Além disso, é arbitrária a tentativa do governo de impor um calendário de pagamento da greve, pois passa por cima da discussão e decisão coletivas da categoria, além de ir de encontro à Lei de Gestão Democrática (Lei 585/2016), que versa sobre a autonomia da escola, na qual a comunidade escolar tem o direito de deliberar sobre a “reorganização do calendário escolar nos casos de reposição de aulas”, em seu artigo 5º.
É importante que haja uma reposta à altura a essa tentativa antidemocrática do governo, contra o direito histórico de greve dos trabalhadores. Porém, a direção do SINTE-RN apenas enviou mensagem em grupo de Whatsapp, “orientando” os professores individualmente a se contraporem ao calendário de pagamento de greve da SEEC, mas sem que haja uma organização efetiva, com convocação de assembleia, visitas às escolas, colagem de cartazes e publicação do posicionamento da entidade sindical, para os professores se centralizarem numa campanha unitária, contra a imposição dos gestores/SEEC/governo.
A Corrente Proletária na Educação entende que não há outra forma de se contrapor a essa investida do governo senão pela organização coletiva dos trabalhadores. O magistério deve resistir à tentativa do governo de impor o pagamento de greve no recesso. Os professores em cada escola devem se reunir, rejeitar a Portaria nº 780 do governo e deliberar coletivamente sobre o pagamento de greve. Concomitante a isso, é urgente que a direção do SINTE convoque uma assembleia geral para centralizar a luta contra a imposição do governo.
Pelo Direito Irrestrito de Greve!
Nada de trabalho aos sábados!
Nada de mexer nas férias, um direito histórico do trabalhador!
Organizar reuniões nas escolas para rejeitar a Portaria nº 780 do governo e deliberar coletivamente sobre o pagamento de greve!
Que a direção do SINTE-RN convoque com urgência uma assembleia geral!