Em um
"Congresso Extraordinário", nesta terça (26/11), chamado às pressas,
sem transparência e sem discussão e eleição de delegados nas escolas, a direção
do Sinte-RN conseguiu aprovar a capitulação à decisão ditatorial do Ministério
do Trabalho do governo Lula (clique aqui para saber mais). Com a deliberação de
hoje, foram excluídas as bases municipais de trabalhadores em educação de
Extremoz, Caicó, Luís Gomes, Paraná e Major Sales.
A tutela do
Ministério do Trabalho na organização sindical dos trabalhadores é antiga,
desde o governo Getúlio Vargas, e permanece mesmo após a
"redemocratização". O PT, que tem sido a direção de importantes
sindicatos, como o dos metalúrgicos do ABC, assim como a CUT, manteve a
subordinação do movimento sindical à tutela do Ministério do Trabalho e à
Justiça do Trabalho, cuja autoridade, para os dirigentes sindicais
conciliadores, é inquestionável.
A atual
posição da direção do Sinte-RN (PT) de se adequar à imposição ditatorial do
Ministério do Trabalho é parte da política da burocracia petista de
subserviência aos órgãos do Estado burguês criados para moderar a luta de
classes em favor dos patrões e governos.
O direito de
decidir sobre como deve se organizar os sindicatos pertence aos trabalhadores.
A posição política da direção do Sinte-RN, no entanto, permitiu a intromissão
que um órgão burguês no estatuto da entidade. As propostas de alteração votadas
no "Congresso Extraordinário" foram escritas diretamente pelo
Departamento de Relações de Trabalho do Ministério do Trabalho de Lula, e
apresentadas pela direção do Sinte-RN para a categoria.
Tamanha
capitulação e subserviência, capaz de excluir do estatuto uma parte da base de
trabalhadores em educação municipais para obedecer à tutela do Ministério do
Trabalho, é um perigoso precedente para que isso ocorra nos demais municípios e
leve à uma maior fragmentação e enfraquecimento dessa entidade que é histórica
dos trabalhadores em educação do RN.
É sintomático
que estejamos falando da decisão de um Ministério do Trabalho que hoje tem como
ministro o ex-presidente da CUT, Luiz Marinho, que por sua vez está subordinado
ao presidente Lula, ex-dirigente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. A
conivência de Lula e Luiz Marinho à arbitrariedade de suspender da Carta
Sindical do Sinte-RN, uma entidade histórica dos trabalhadores e dirigida pelo
seu próprio partido, mostra o quando o PT está corrompido pela política
burguesa.
A Corrente
Proletária na Educação denuncia mais essa postura derrotista da direção do
Sinte-RN e chama os trabalhadores na educação a construírem uma fração
revolucionária no sindicato, que defenda a independência política frente aos
governos e Justiça, a liberdade sindical e os métodos próprios de luta para
defender os nossos direitos e conquistar as reivindicações.
Organize-se com a Corrente Proletária na Educação: (84) 99706-6461