26/11/2024

Derrota: "Congresso Extraordinário" aprova capitulação da Direção do Sinte-RN à decisão ditatorial do Ministério do Trabalho de Lula

 

Em um "Congresso Extraordinário", nesta terça (26/11), chamado às pressas, sem transparência e sem discussão e eleição de delegados nas escolas, a direção do Sinte-RN conseguiu aprovar a capitulação à decisão ditatorial do Ministério do Trabalho do governo Lula (clique aqui para saber mais). Com a deliberação de hoje, foram excluídas as bases municipais de trabalhadores em educação de Extremoz, Caicó, Luís Gomes, Paraná e Major Sales.

A tutela do Ministério do Trabalho na organização sindical dos trabalhadores é antiga, desde o governo Getúlio Vargas, e permanece mesmo após a "redemocratização". O PT, que tem sido a direção de importantes sindicatos, como o dos metalúrgicos do ABC, assim como a CUT, manteve a subordinação do movimento sindical à tutela do Ministério do Trabalho e à Justiça do Trabalho, cuja autoridade, para os dirigentes sindicais conciliadores, é inquestionável.

A atual posição da direção do Sinte-RN (PT) de se adequar à imposição ditatorial do Ministério do Trabalho é parte da política da burocracia petista de subserviência aos órgãos do Estado burguês criados para moderar a luta de classes em favor dos patrões e governos.

O direito de decidir sobre como deve se organizar os sindicatos pertence aos trabalhadores. A posição política da direção do Sinte-RN, no entanto, permitiu a intromissão que um órgão burguês no estatuto da entidade. As propostas de alteração votadas no "Congresso Extraordinário" foram escritas diretamente pelo Departamento de Relações de Trabalho do Ministério do Trabalho de Lula, e apresentadas pela direção do Sinte-RN para a categoria.

Tamanha capitulação e subserviência, capaz de excluir do estatuto uma parte da base de trabalhadores em educação municipais para obedecer à tutela do Ministério do Trabalho, é um perigoso precedente para que isso ocorra nos demais municípios e leve à uma maior fragmentação e enfraquecimento dessa entidade que é histórica dos trabalhadores em educação do RN.

É sintomático que estejamos falando da decisão de um Ministério do Trabalho que hoje tem como ministro o ex-presidente da CUT, Luiz Marinho, que por sua vez está subordinado ao presidente Lula, ex-dirigente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. A conivência de Lula e Luiz Marinho à arbitrariedade de suspender da Carta Sindical do Sinte-RN, uma entidade histórica dos trabalhadores e dirigida pelo seu próprio partido, mostra o quando o PT está corrompido pela política burguesa.

A Corrente Proletária na Educação denuncia mais essa postura derrotista da direção do Sinte-RN e chama os trabalhadores na educação a construírem uma fração revolucionária no sindicato, que defenda a independência política frente aos governos e Justiça, a liberdade sindical e os métodos próprios de luta para defender os nossos direitos e conquistar as reivindicações.


Organize-se com a Corrente Proletária na Educação: (84) 99706-6461





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