24/06/2024

Justiça do RN demite supervisor escolar de São Gonçalo do Amarante

Justiça do RN vem emitindo pareceres contra os servidores de supervisão escolar, de São Gonçalo do Amarante (SGA), com a desculpa de “acúmulo de cargos”, na situação em que o servidor ocupa dois cargos do magistério. Porém, o Plano de Cargos e Carreiras do Magistério reconhece os supervisores e coordenadores como especialistas em educação, assim como a LDB e a Lei do Piso, uma vez que a formação destes trabalhadores é a mesma formação dos professores e pedagogos, no exercício do magistério público.

Com isso, a justiça burguesa comete a arbitrariedade no entendimento de que são “cargos técnicos”, mesmo a realidade provando que os servidores demitidos tiveram toda uma formação acadêmica. Sequer a justiça preocupa-se com a tal da “insegurança jurídica” (que só serve aos capitalistas) no sentido de considerar o trabalho de uma vida inteira dedicada à educação pública, pois muitos contribuíram há vários anos para o magistério e, agora, estão sendo descartados.

Acontece que a justiça brasileira vem se adequando ao quadro de desintegração capitalista, na medida em que a burguesia nacional necessita aprofundar as políticas de austeridade, ao conter os gastos públicos, o que recai sobre os ombros dos trabalhadores, seja na forma de arrocho salarial ou mesmo demissão, além das profundas contrarreformas. Recentemente, por exemplo, o STF e os Tribunais de Contas dos estados estavam perseguindo os servidores que entraram no serviço público antes da Constituição de 1988, ameaçando suas aposentadorias, embora a pressão dos trabalhadores fizesse o STF recuar e admitir a aposentadoria em regime próprio.

Em SGA, esse ataque à vida dos supervisores escolares se deu no governo Paulo Emídio (PROS) e continua no governo de Eraldo Paiva (PT), expressando o continuísmo petista. A justiça burguesa tem sido uma grande aliada para economizar os cofres públicos de São Gonçalo do Amarante com a perseguição e demissão dos supervisores especialistas em educação.

É importante que a direção do SINTE/Núcleo-SGA organize a luta pela reintegração de todos os supervisores demitidos.

Abaixo o parecer arbitrário da justiça burguesa!

Abaixo a ditadura da justiça burguesa!

Reintegração imediata de todos os supervisores demitidos!

16/06/2024

Em assembleia esvaziada, proposta do governo de parcelar retroativo em 19 vezes é aprovada

Na última sexta (14/06), em assembleia com cerca de 60 pessoas, a direção estadual do SINTE/RN fez a votação que aprovou a aceitação da proposta do governo.

A assembleia desta sexta-feira (14/06) foi divulgada somente um dia antes. No dia da assembleia, a maioria das escolas estava envolvida em confraternizações e finalização do período letivo. O local da assembleia foi no Auditório do SINTE, diferente da anterior que tinha sido na Escola Winston Churchill, pois a direção do sindicato já previa o esvaziamento.

Apesar de uma parte dos professores propor que fosse convocada uma nova assembleia para o início de julho (após o recesso), a direção do SINTE conduziu a votação na forma de "aceitação" ou "rejeição" da proposta do governo. Com aproximadamente 60 pessoas presentes, cerca de 65% dos votos foi pela aceitação, e 35% dos votos pela rejeição.

Com esse novo parcelamento do governo Fátima em 19 vezes, além de descumprir o acordo de greve de 2023 das 8 parcelas (proposto pelo próprio governo), implica que o retroativo de 2023 ainda será pago até o final de 2025, o que certamente será usado pelo governo Fátima como um obstáculo para a concessão de reajuste em 2025.

Esse novo parcelamento ainda reduz praticamente pela metade o valor da parcela de retroativo recebida por cada trabalhador. Por exemplo, se até o mês passado um professor recebia 500 reais de retroativo por mês (referente ao retroativo de 2022), neste novo parcelamento passará a receber 275 reais de retroativo por mês.

O governo agiu de forma proposital, quebrando o acordo das 8 parcelas justamente no recesso, colocando uma faca no pescoço da categoria. Seu objetivo, com as 19 parcelas, é reduzir o espaço da educação no orçamento, tirando da remuneração dos professores e direcionando essas verbas para pagamento da dívida pública estadual, ao mesmo tempo em que mantém amplos incentivos fiscais aos capitalistas no estado.

Com esse novo ataque do governo Fátima (PT/MDB), que contou com a colaboração da direção do SINTE (PT), faz-se necessário a constituição de uma fração revolucionária no interior do movimento, que expresse as reinvindicações mais sentidas dos trabalhadores em educação, a democracia sindical das bases e a independência político-sindical frente aos governos.

 
Votos pela rejeição da proposta do governo

Votos pela aceitação da proposta do governo


Balanço da Greve - Magistério do RN

Lições da Greve do Magistério Estadual do RN A greve do magistério mostrou mais uma vez que os trabalhadores precisam recorrer aos seus mét...