16/06/2024

Em assembleia esvaziada, proposta do governo de parcelar retroativo em 19 vezes é aprovada

Na última sexta (14/06), em assembleia com cerca de 60 pessoas, a direção estadual do SINTE/RN fez a votação que aprovou a aceitação da proposta do governo.

A assembleia desta sexta-feira (14/06) foi divulgada somente um dia antes. No dia da assembleia, a maioria das escolas estava envolvida em confraternizações e finalização do período letivo. O local da assembleia foi no Auditório do SINTE, diferente da anterior que tinha sido na Escola Winston Churchill, pois a direção do sindicato já previa o esvaziamento.

Apesar de uma parte dos professores propor que fosse convocada uma nova assembleia para o início de julho (após o recesso), a direção do SINTE conduziu a votação na forma de "aceitação" ou "rejeição" da proposta do governo. Com aproximadamente 60 pessoas presentes, cerca de 65% dos votos foi pela aceitação, e 35% dos votos pela rejeição.

Com esse novo parcelamento do governo Fátima em 19 vezes, além de descumprir o acordo de greve de 2023 das 8 parcelas (proposto pelo próprio governo), implica que o retroativo de 2023 ainda será pago até o final de 2025, o que certamente será usado pelo governo Fátima como um obstáculo para a concessão de reajuste em 2025.

Esse novo parcelamento ainda reduz praticamente pela metade o valor da parcela de retroativo recebida por cada trabalhador. Por exemplo, se até o mês passado um professor recebia 500 reais de retroativo por mês (referente ao retroativo de 2022), neste novo parcelamento passará a receber 275 reais de retroativo por mês.

O governo agiu de forma proposital, quebrando o acordo das 8 parcelas justamente no recesso, colocando uma faca no pescoço da categoria. Seu objetivo, com as 19 parcelas, é reduzir o espaço da educação no orçamento, tirando da remuneração dos professores e direcionando essas verbas para pagamento da dívida pública estadual, ao mesmo tempo em que mantém amplos incentivos fiscais aos capitalistas no estado.

Com esse novo ataque do governo Fátima (PT/MDB), que contou com a colaboração da direção do SINTE (PT), faz-se necessário a constituição de uma fração revolucionária no interior do movimento, que expresse as reinvindicações mais sentidas dos trabalhadores em educação, a democracia sindical das bases e a independência político-sindical frente aos governos.

 
Votos pela rejeição da proposta do governo

Votos pela aceitação da proposta do governo


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