Na última sexta (14/06), em assembleia com cerca de 60 pessoas, a direção estadual do SINTE/RN fez a votação que aprovou a aceitação da proposta do governo.
A assembleia
desta sexta-feira (14/06) foi divulgada somente um dia antes. No dia da
assembleia, a maioria das escolas estava envolvida em confraternizações e
finalização do período letivo. O local da assembleia foi no Auditório do SINTE,
diferente da anterior que tinha sido na Escola Winston Churchill, pois a
direção do sindicato já previa o esvaziamento.
Apesar de uma
parte dos professores propor que fosse convocada uma nova assembleia para o
início de julho (após o recesso), a direção do SINTE conduziu a votação na
forma de "aceitação" ou "rejeição" da proposta do governo.
Com aproximadamente 60 pessoas presentes, cerca de 65% dos votos foi pela
aceitação, e 35% dos votos pela rejeição.
Com esse novo
parcelamento do governo Fátima em 19 vezes, além de descumprir o acordo de
greve de 2023 das 8 parcelas (proposto pelo próprio governo), implica que o
retroativo de 2023 ainda será pago até o final de 2025, o que certamente será
usado pelo governo Fátima como um obstáculo para a concessão de reajuste em
2025.
Esse novo
parcelamento ainda reduz praticamente pela metade o valor da parcela de
retroativo recebida por cada trabalhador. Por exemplo, se até o mês passado um
professor recebia 500 reais de retroativo por mês (referente ao retroativo de
2022), neste novo parcelamento passará a receber 275 reais de retroativo por
mês.
O governo agiu
de forma proposital, quebrando o acordo das 8 parcelas justamente no recesso,
colocando uma faca no pescoço da categoria. Seu objetivo, com as 19 parcelas, é
reduzir o espaço da educação no orçamento, tirando da remuneração dos
professores e direcionando essas verbas para pagamento da dívida pública
estadual, ao mesmo tempo em que mantém amplos incentivos fiscais aos
capitalistas no estado.
Com esse novo
ataque do governo Fátima (PT/MDB), que contou com a colaboração da direção do
SINTE (PT), faz-se necessário a constituição de uma fração revolucionária no
interior do movimento, que expresse as reinvindicações mais sentidas dos
trabalhadores em educação, a democracia sindical das bases e a independência político-sindical
frente aos governos.
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Votos pela rejeição da proposta do governo |
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