Apesar das manobras da direção burocrática do Sinte-RN, categoria aprova manutenção da proposta de 6,27% em março, com retroativo.
Na assembleia desta terça-feira, os professores aprovaram, por unanimidade, o início da greve. Além disso, há um sentimento na categoria de não aceitar mais a interferência do Ministério Público nas negociações.
A proposta rebaixada do governo Fátima, de conceder 3% em abril e 3,27% em dezembro, sem retroativo, foi rechaçada.
Um dos participantes da assembleia, expressando a linha da direção, propôs parcelamento de 4,27% em março e 2% em dezembro. Porém, com uma dura experiência de não cumprimento de parcelamentos dos anos anteriores, a categoria não aceita mais parcelamento, ainda mais quando se trata de apenas 6,27%.
Na hora da votação, a direção do Sinte-RN fez uma sistematização confusa, dizendo que eram duas propostas a serem votadas: 1) "apresentar uma contraproposta"; 2) "manter a que já está". Não detalhou qual era a "contraproposta", e nem qual seria mantida. Mesmo com a confusão, a grande maioria da assembleia votou na proposta 2. E mesmo assim, a direção do Sinte-RN, cinicamente, declarou aprovada a proposta 1. Isso gerou grande insatisfação da base, que protestava gritando que "não passou, não passou" e "votação, votação", pedindo nova votação.
Depois de muita resistência da base, finalmente a direção colocou novamente em votação as duas propostas, desta vez detalhadas: 1) manter a defesa dos 6,27% em março com retroativo; 2) apresentar contraproposta de 4,27% em março e 2% em dezembro. Por esmagadora maioria, venceu a proposta 1.
Durante toda a confusão na votação, provocada pela direção do Sinte-RN, parte dos professores, indignados, começavam a sair da assembleia. Trata-se de uma tática da direção do Sinte, de tentar esvaziar a assembleia pelo cansaço, para assim conseguir aprovar suas propostas sem a presença do setor mais combativo da categoria.
A assembleia desta terça demonstrou uma grande disposição de luta da categoria, que não só rechaçou a proposta rebaixada do governo, mas resistiu às manobras da direção do Sinte-RN em tentar aprovar uma contraproposta rebaixada para o governo.
Essa experiência mostra que, mais do que nunca, a categoria precisa assumir em suas mãos essa greve para impor ao governo o atendimento das suas reivindicações.
Nesse sentido, a Corrente Proletária faz um chamado pela unidade das correntes de oposição, no sentido de impulsionar a greve e expressar as tenências de luta da categoria.
Que
o governo repasse do Piso integral em março, com o retroativo!
Pagamento
do 13º e terço de férias dos temporários!
Que
comece imediatamente a pagar o retroativo de 2024!
Lutar
contra a decisão arbitrária do TJRN, que suspendeu o retroativo de 2023!
Unidade
entre efetivos e temporários!