07/02/2025

Sobre o Piso do Magistério no estado do RN

Muito se tem comentado entre os professores se o repasse do Piso Nacional de 2025 estaria prejudicado em virtude da decisão arbitrária do Tribunal de Justiça do RN (TJRN) de julho do ano passado, que suspendeu o pagamento do restante do retroativo de 2023.

O Piso na Carreira, ou seja, a incidência do reajuste do Piso sobre os demais vencimentos da tabela salarial do Plano de Carreira, está garantido pela Lei do Piso Nacional (Lei 11.738/08), em seus Art. 2º, §1º e Art. 6º, que deixam claro que o Piso Nacional corresponde ao menor vencimento básico, acima do qual devem estar os demais vencimentos. A Lei Complementar 322/06 (PCCR dos professores do RN) estabelece a tabela salarial, com níveis e classes, sobre a qual deve incidir o reajuste do piso.

A decisão arbitrária do TJRN vai contra a legislação do Piso Nacional, quando suspende o retroativo de 2023 sob o argumento de que o reajuste do Piso não deveria incidir sobre a carreira, com a falsa justificativa de que isso supostamente agravaria as finanças públicas. Ou seja, uma decisão arbitrária que busca culpabilizar os professores pela crise orçamentária do estado.

A Corrente Proletária reafirma sua posição de que é preciso combater a decisão arbitrária do TJRN com os métodos de luta (manifestações, paralisações e greves). Não podemos simplesmente esperar que, apenas pela via jurídica, se conseguirá reverter essa decisão arbitrária.

Em segundo lugar, com relação ao retroativo de 2024, é preciso deixar claro que não há nenhum impedimento legal para que seja pago aos professores. No entanto, o governo Fátima tem se aproveitando na decisão arbitrária do TJRN, que diz respeito somente ao restante do retroativo de 2023, para não pagar também o de 2024.

Por fim, sobre o Piso Salarial de 2025, também não há nenhum obstáculo jurídico para que o governo o pague. O que tem ocorrido, de fato, é uma política do governo Fátima de descarregar a crise orçamentária do estado sobre o funcionalismo público, utilizando de várias desculpas para não pagar os direitos tanto dos efetivos, como também dos temporários.

Indignação não falta entre os efetivos e temporários. Diante da intransigência do governo, a tarefa do momento é preparar a greve unificada do magistério estadual!

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