09/09/2024

Organizar a luta em defesa do magistério contra os ataques da justiça burguesa

 


A assembleia do SINTE ocorreu dia 20 de agosto já em atraso diante do ataque do MP e do TJ-RN em suspender o pagamento do miserável piso do magistério, parcelado em 19 meses, e a retirada do piso do magistério na carreira.

A direção do SINTE/RN buscou as vias legais, fortalecendo a justiça burguesa, encaminhando e aprovando na assembleia a contratação de um escritório em Brasília sob a tutela de um ex-ministro do STF (Ayres Brito). Não havia no boletim do SINTE nenhum encaminhamento que fortalecesse o método próprio dos explorados.

A CPE entende que a defesa jurídica é auxiliar, não pode ser mais importante que a ação direta. A experiência tem mostrado que o fortalecimento da via jurídica burguesa, em contraposição à luta direta, enfraquece o movimento, levando-o ao derrotismo. Isso ocorre porque os professores acabam depositando sua confiança numa instituição burguesa, historicamente contrária aos interesses dos trabalhadores explorados, além de ameaçar a independência de classe.

A política nacional econômica é de cortes no orçamento, agravados pelo arcabouço fiscal do governo burguês de frente ampla de Lula/Alckmin, que joga a crise do capitalismo sobre os explorados: o reajuste zero para os servidores federias, multas milionárias para os sindicatos em greve como o INSS, IBAMA, além do salário mínimo miserável a maioria dos trabalhadores. A conjuntura é de sangrar e confiscar o dinheiro da maioria oprimida para pagamento da dívida pública, ou seja, para encher os bolsos dos capitalistas imperialistas (banqueiros).

O governo Fátima (PT/MDB) através de seu secretário de administração faz campanha sob o argumento de que a folha de pagamento do estado é enorme e que não dá para o governo conceder nenhum reajuste ao funcionalismo. Por outro lado, concede reajuste salarial à alta cúpula do funcionalismo, inclusive aos deputados estaduais.

É diante desta conjuntura que a direção do SINTE já deveria ter encaminhado o dia de paralisação e organização do magistério. É muito importante que a direção sindical encaminhe o ato aprovado na última assembleia e que seja em frente ao TJ-RN. Porém, não vem sendo fortalecido nos canais de comunicação do SINTE. O que se tem visto é a direção em reunião com representantes do judiciário, não organizando a luta dos trabalhadores, secundarizando o método próprio dos explorados.

Diante deste tamanho ataque do MP e TJ-RN, é importante a unidade de todos os trabalhadores em educação na luta por direitos, salários, contra o sucateamento das escolas, e a defesa dos investimentos na educação pública, desde os salários dos servidores à estrutura das escolas. A luta do magistério deverá dar unidade a todos da educação: funcionários, estudantes, terceirizados e pais em defesa da educação pública.

Que a direção do SINTE/RN organize o dia de paralisação estadual em frente ao TJ-RN!

Nenhum plano de austeridade contra a educação pública organizado pelo Estado!

Abaixo a liminar organizada pelo MP e TJ-RN contra a educação pública!

Pagamento das parcelas do retroativo do piso já!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Balanço da Greve - Magistério do RN

Lições da Greve do Magistério Estadual do RN A greve do magistério mostrou mais uma vez que os trabalhadores precisam recorrer aos seus mét...